terça-feira, 17 de novembro de 2009


Ouve o ranger das portas
A música anuncia a entrada
No camarim nasce uma marionete
Imita sentimentos alheios
E se esquece dos seus.

O rosto não é dono do ser
Mas consegue entender
E expressar...

A música acaba
Na platéia, bonecos.
Assistem um teatro mudo
Não enxergam.
A trilha conta uma linda história
São surdos.

O teatro está vazio
No palco um palhaço emocionado
Assiste a seu próprio espetáculo
Cada lágrima é um parto.

As luzes apagam
Volta à maternidade
Deixa o sonho.
As cortinas fecham
As luzes apagam
O artista está vivo
Não é um personagem.

Um comentário:

  1. Vou reler, é muito filosófico para ser interpretado, vivido, entendido, julgado, incorporado, em uma só leitura.

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